quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Análise de causa-efeito: a saúde em jogo

Abrindo um pouco este espaço para outros assuntos, que não o relacionado diretamente às postagens anteriores, referentes ao controle de ingestão alimentar para a conquista da perda de peso e uma melhor condição física, mas mantendo-se no escopo do blog que é a abordagem de uma vida saudável, trato abaixo sobre um assunto deveras alarmante.
Dados: no ano de 2012, no mundo, houve 12.000.000 de casos de câncer e esses números vêm aumentando a cada ano, com a estimativa de chegarmos em 2025 com 19.000.000 de pessoas com essa doença. O mais intrigante é que, de acordo com especialistas, a causa da incidência da doença, em menor parte, está relacionada à questão genética, por exemplo – que é algo não administrável – ou seja, a maior parte dos fatores que se relacionam com a origem do problema pode ser tratada preventivamente, evitando-se as consequências da enfermidade. E qual é o motivo então desse aumento estrondoso nessas incidências?

Simples. A falta de hábitos saudáveis é claramente uma das causas.

Mas talvez a simplicidade em se chegar a esta conclusão seja, em contrapartida, um paradoxo para o entendimento e o tratamento de todas as características que permeiam o complexo universo que é o comportamento do ser humano, principal envolvido.
Do mesmo modo que o fluxo natural de qualquer fluído que desliza sobre um terreno irregular, como a corrente fluvial em superfície repleta de rochas, as ações do indivíduo, em uma condição de rotina, tendem a ser conduzidas optando-se pelo caminho menos atravancado, que o leve a chegar ao seu destino com mais facilidade ou, após seu insucesso, a buscar alternativas que gerem conquistas que possuam uma falsa imagem benéfica.
Em razão disso, mesmo sabendo-se aquilo que é o melhor a ser feito e, em muitos casos, como se colocar em prática, em razão de talvez existir uma premissa subliminar nas ações que desencadeiam uma benfeitoria – seja pra si mesmo ou pra outrem – que as inter-relacionam com possíveis contratempos geradores de uma resistência à conquista de um objetivo, muitas pessoas desistem do coerente caminho em prol do bem-estar, entrando no escorregadio e obscuro túnel dos prazeres incondicionais.

Suposição nada destoante da realidade: você é convidado para uma churrascada na residência de um amigo ou parente no final de semana e ele em nada se esforçou para economizar na quantidade de carne e seus adjacentes oferecida (as bebidas alcoólicas fazem parte desta cesta), de forma que sua pessoa, para não deixa-lo chateado, aproveitou ao máximo a gentileza do anfitrião.
Mas o que isso tem de tão grave? Afinal de contas, é somente um fim de semana! Realmente, você tem toda razão...contudo o agravante disso é que haverá, na maior parte dos casos, outras oportunidades onde novamente você será exposto a um bombardeio gastronômico (Happy-hour com os colegas de trabalho, festas de aniversário de amigos e parentes, eventos diversos...e ainda novos retornos à churrascada de seu amigo, e depois do outro amigo...e do outro...e do outro...num ciclo literalmente vicioso).

A medicina nos expõe o resultado de anos de pesquisas referentes aos fatores que são os principais causadores de diversos tipos de câncer, os quais fazem parte das causas administráveis da doença. São eles:

  • O sedentarismo;
  • O fumo e demais drogas;
  • A bebida em excesso;
  • A obesidade;
  • O HPV.


Como já é sabido pela maioria da população, para que essas causas sejam eliminadas basta, portanto, fazer atividades físicas frequentemente, não utilizar nenhum tipo de droga (e o cigarro é uma delas), beber moderadamente (uma taça de vinho por dia é até recomendado, mas não para qualquer pessoa, logicamente), manter um peso adequado e se prevenir em suas relações amorosas.
É fato que a cartilha é clara e está aí, disponível para quem queira seguir o caminho para uma vida duradoura e proveitosa, porém, como já citado anteriormente, não é tão simples assim. Talvez o imediatismo predominante da vida cotidiana nas médias e grandes cidades, ocasionado pelo furor da concorrência, das pressões sociais, do excesso do otimismo maléfico (leia-se aqui desleixo – “isso nunca irá acontecer comigo!”, “deixe assim...vamos ver no que dá...”, entre outras pérolas pseudofilosóficas da doutrina do comodismo), e até pela própria característica cultural de um povo, leve o indivíduo à crença de que as consequências negativas da falta de atitudes saudáveis seja um mito ou que isso seja a exceção e não a regra. A realidade é que isto não é uma verdade...há que se rever certos conceitos!! O prejuízo não é só do cidadão. É da família, é do Estado. A escolha é sua, a vida - ou a morte - é sua, mas a responsabilidade cívico/social que envolve tal situação é de todos.


PS. Na próxima postagem, retornarei com as explanações de meu controle alimentar e da rotina de atividades físicas, nas quais fui obrigado a dar uma pausa em razão da cirurgia da vesícula pela qual passei (faz parte do conjunto de fatores que são os inimigos do bem estar, cujo assunto tratei em postagem anterior). Tal fato, porém, não me está trazendo nenhum malefício, pois o controle de ingestão alimentar está sendo feito rigorosamente. Prova disso, é que eliminei até o momento 8,5 kg.