Abrindo um pouco este espaço para
outros assuntos, que não o relacionado diretamente às postagens anteriores,
referentes ao controle de ingestão alimentar para a conquista da perda de peso
e uma melhor condição física, mas mantendo-se no escopo do blog que é a
abordagem de uma vida saudável, trato abaixo sobre um assunto deveras alarmante.
Dados: no ano de 2012, no mundo,
houve 12.000.000 de casos de câncer e esses números vêm aumentando a cada ano,
com a estimativa de chegarmos em 2025 com 19.000.000 de pessoas com essa
doença. O mais intrigante é que, de acordo com especialistas, a causa da
incidência da doença, em menor parte, está relacionada à questão genética, por
exemplo – que é algo não administrável – ou seja, a maior parte dos fatores que
se relacionam com a origem do problema pode ser tratada preventivamente,
evitando-se as consequências da enfermidade. E qual é o motivo então desse
aumento estrondoso nessas incidências?
Simples. A falta de hábitos saudáveis
é claramente uma das causas.
Mas talvez a simplicidade em se
chegar a esta conclusão seja, em contrapartida, um paradoxo para o entendimento
e o tratamento de todas as características que permeiam o complexo universo que
é o comportamento do ser humano, principal envolvido.
Do mesmo modo que o fluxo natural
de qualquer fluído que desliza sobre um terreno irregular, como a corrente
fluvial em superfície repleta de rochas, as ações do indivíduo, em uma condição
de rotina, tendem a ser conduzidas optando-se pelo caminho menos atravancado,
que o leve a chegar ao seu destino com mais facilidade ou, após seu insucesso,
a buscar alternativas que gerem conquistas que possuam uma falsa imagem
benéfica.
Em razão disso, mesmo sabendo-se
aquilo que é o melhor a ser feito e, em muitos casos, como se colocar em
prática, em razão de talvez existir uma premissa subliminar nas ações que
desencadeiam uma benfeitoria – seja pra si mesmo ou pra outrem – que as inter-relacionam
com possíveis contratempos geradores de uma resistência à conquista de um
objetivo, muitas pessoas desistem do coerente caminho em prol do bem-estar,
entrando no escorregadio e obscuro túnel dos prazeres incondicionais.
Suposição nada destoante da realidade:
você é convidado para uma churrascada na residência de um amigo ou parente no
final de semana e ele em nada se esforçou para economizar na quantidade de
carne e seus adjacentes oferecida (as bebidas alcoólicas fazem parte desta cesta), de forma que sua pessoa, para não deixa-lo chateado, aproveitou ao
máximo a gentileza do anfitrião.
Mas o que isso tem de tão grave?
Afinal de contas, é somente um fim de semana! Realmente, você tem toda razão...contudo
o agravante disso é que haverá, na maior parte dos casos, outras oportunidades
onde novamente você será exposto a um bombardeio gastronômico (Happy-hour com
os colegas de trabalho, festas de aniversário de amigos e parentes, eventos
diversos...e ainda novos retornos à churrascada de seu amigo, e depois do outro amigo...e do
outro...e do outro...num ciclo literalmente vicioso).
A medicina nos expõe o resultado
de anos de pesquisas referentes aos fatores que são os principais causadores de
diversos tipos de câncer, os quais fazem parte das causas administráveis da
doença. São eles:
- O sedentarismo;
- O fumo e demais drogas;
- A bebida em excesso;
- A obesidade;
- O HPV.
Como já é sabido pela maioria da
população, para que essas causas sejam eliminadas basta, portanto, fazer atividades
físicas frequentemente, não utilizar nenhum tipo de droga (e o cigarro é uma
delas), beber moderadamente (uma taça de vinho por dia é até recomendado, mas
não para qualquer pessoa, logicamente), manter um peso adequado e se prevenir
em suas relações amorosas.
É fato que a cartilha é clara e
está aí, disponível para quem queira seguir o caminho para uma vida duradoura e
proveitosa, porém, como já citado anteriormente, não é tão simples assim.
Talvez o imediatismo predominante da vida cotidiana nas médias e grandes
cidades, ocasionado pelo furor da concorrência, das pressões sociais, do
excesso do otimismo maléfico (leia-se aqui desleixo – “isso nunca irá acontecer
comigo!”, “deixe assim...vamos ver no que dá...”, entre outras pérolas pseudofilosóficas
da doutrina do comodismo), e até pela própria característica cultural de um
povo, leve o indivíduo à crença de que as consequências negativas da falta de
atitudes saudáveis seja um mito ou que isso seja a exceção e não a regra. A
realidade é que isto não é uma verdade...há que se rever certos conceitos!! O
prejuízo não é só do cidadão. É da família, é do Estado. A escolha é sua, a vida - ou a morte - é sua, mas a responsabilidade cívico/social que envolve tal situação é de todos.
PS. Na próxima postagem,
retornarei com as explanações de meu controle alimentar e da rotina de
atividades físicas, nas quais fui obrigado a dar uma pausa em razão da cirurgia
da vesícula pela qual passei (faz parte do conjunto de fatores que são os
inimigos do bem estar, cujo assunto tratei em postagem anterior). Tal fato,
porém, não me está trazendo nenhum malefício, pois o controle de ingestão alimentar está sendo feito rigorosamente. Prova disso, é que eliminei
até o momento 8,5 kg.